777 tiger Professores e alunos são alvo de denúncia de suposto antissemitismo na PUC-SP
Desde outubro de 2023777 tiger, o mal-estar e os traumas provocados pelo ataque terrorista do Hamas e pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza tomaram parte da comunidade acadêmica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
fortune tigerEm 7 de outubro do ano passado, o Hamas matou cerca de 1.200 pessoas e sequestrou outras 251 em território israelense. O governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu revidou com ataques a Gaza que deixaram mais de 45 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. A ação foi denunciada ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por suspeita de genocídio.
Placa da PUC-SP na entrada do campus principal da instituição, em Perdizes, na zona oeste de São Paulo - Karime Xavier - 20.ago.21/FolhapressA guerra aumentou a tensão sobre o tema no campus. De um lado, certas manifestações de apoio ao povo palestino e críticas aos bombardeios de Israel foram tomadas como antissemitismo, isto é, como discursos de ódio aos judeus.
jogo do ceará hoje resultadoDe outro lado, estudantes que se declararam sionistas, ou seja, que defendem o nacionalismo judeu e seu direito a um Estado, foram apontados como apoiadores dos ataques a Gaza.
Essas pressões levaram à abertura de uma sindicância pela mantenedora da PUC-SP, a Fundação São Paulo (Fundasp), para a apuração de denúncias de suposto antissemitismo feitas contra estudantes e dois professores de relações internacionais, Reginaldo Nasser e Bruno Huberman. Eles foram convocados a prestar esclarecimentos no mês passado. As denúncias são investigadas sob sigilo.
Nasser, que há 35 anos se dedica a estudos de conflitos internacionais e da geopolítica do Oriente Médio, relata ter sido questionado pela Fundasp a respeito de postagens sobre a guerra Israel-Hamas feitas no perfil do Grupo de Estudos de Conflitos Internacionais (Geci), que ele coordena. "Esse fato de chamar para prestar esclarecimentos por conta de um grupo de pesquisa registrado e que realiza trabalhos públicos foi algo inédito. É preocupante", disse ele à Folha.
Planos Internet Fixa e Móvel — 5G+ até 10X + Rápido no Celular, Banda Larga de Ultravelocidade e Streaming com ZA9BET TV+Para Nasser, a denúncia é fruto de pressões que "organizações israelenses estão fazendo em instituições no mundo inteiro". "Um dos objetivos é não discutir os fatos que ocorrem no conflito", afirma.
Aposte e Vença nos Esportes | Ganhe com Esportes TopHuberman, que é judeu, diz que o grupo de estudos, do qual é vice-coordenador, tem atraído interesse de mais estudantes desde o início da guerra e que não se pode reduzir o judaísmo, que é muito diverso, a Israel.
"Apoiamos a causa palestina, sem apoiar nenhum grupo específico. Agora, estamos passíveis de sofrer algum tipo de punição", afirma o docente. "Estamos sendo censurados, de certa forma. Na circunstância que vivemos, existe um esforço por parte de setores vinculados ao Estado de Israel que desejam que críticas sejam interpretadas como antissemitismo", avalia Huberman.
Procurada, a Fundasp disse que só vai se manifestar quando as sindicâncias forem concluídas.
A convocação dos docentes gerou reações. Em carta enviada à Fundasp, o relator especial de Direitos Humanos da ONU777 tiger, Paulo Sérgio Pinheiro, escreveu que é demagogia da fundação acatar denúncias que "confundem análise e pesquisa acadêmica do sistema de apartheid israelense e das práticas da política sionista do Estado de Israel com antissemitismo".